IMI Santa Cruz

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“Pagar” é daqueles verbos que qualquer cidadão responsável gosta de manter à distância, especialmente quando parte do “eu” relativamente a um “outro”. No entanto, se tenho de pagar espero receber algo em troca: conforto, bem-estar pessoal e social, organização, disciplina, vida social, segurança, proteção, cultura, (…). Contudo, revolta-me quando se tem de pagar um imposto – de um bem que é nosso – com o objetivo de tapar os desvaneios e desorganização de um grupo de políticos que não souberam pensar nem projetar o futuro. Políticos que apenas viveram para o seu presente e imagem pessoal. Como podemos confiar nestas pessoas que não souberam precaver o futuro? Que não pensaram nem se preocuparam, minimamente, com as gerações futuras? Uma dívida de 43 milhões não se “ergue” em meia dúzia de dias! Será que durante o tempo em que se foi construindo este “calote” não houve um ilustre cérebro que tenha pensado que este era um mau caminho para o povo de Santa Cruz? Ou, sempre pensaram – como o fazem hoje em dia – que quem tem que pagar é o povo, independentemente de quem ou como tenha sido constituída esta dívida estrepitosa?

O IMI, que substituiu a Contribuição Autárquica, é um imposto que incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios (rústicos, urbanos ou mistos) situados em Portugal. É um imposto municipal, cuja receita reverte para os respetivos municípios. Por isso, deve ser usado em prol da população desse município, para promover o seu bem-estar pessoal e social. Não serve para manter o nível de vida extravagante a que algumas pessoas estão habituadas, nem para ser gasto em obras megalómanas que mais não são de que “ambições pessoais” para promover a exibição em detrimento do bem comum dos munícipes.

Certo é que o POVO acabará por ser penalizado e os verdadeiros responsáveis continuam a dormir o seu «sono de beleza» sem serem responsabilizados pela sua atuação política. Mas, alegra-me pensar que o POVO de Santa Cruz não tem memória curta e que saberá dar a resposta no momento certo!

Paulo Alves

Erros natos no comunicado do PSD de Gaula

1. O grupo de cidadãos independentes Juntos Pelo Povo, NÃO é um partido politico!

2. Quando se tem razão e opina-se alertando para o que está, efetivamente, errado, o resultado é sempre uma indignação da parte dos ”ressabiados”, “frustrados” e “interessados”, que, mesmo sabendo que algo está mal, teimam em não mudar de rumo porque não querem abdicar das suas conveniências.
3. O recurso à “embustice”, a todo o custo, não será um bom argumento para quem não consegue apresentar soluções reais para superar a inércia em que o Concelho mergulhou, sem ser pela exploração do povo de Santa Cruz.
4. “Quando os meios não justificam os fins”, a oposição tem o dever de travar as demências governativas e estapafúrdias, dos políticos que não têm noção dos limites éticos de atuação no âmbito das suas funções.
5. Num país e num regime democrático, onde há liberdade de expressão, não podem ser sempre os mesmos – os “destemidos” do PSD – a atacar e a dizer o que lhes vem à cabeça, pois “quem diz o que quer ouve o que não quer”.
6. O medo de vir a perder o controlo e o poder no Concelho de Santa Cruz, leva alguns iluminados a não aceitar e compreender que a “diferença” é uma forma de complemento e de mais-valia para o Concelho. A visão de desenvolvimento destes senhores é egocêntrica: primeiro eu e o meu umbigo e só depois os outros!

7. Será conveniente esclarecer que “tudo é composto de mudança”, mas ela só fará sentido para a população de Santa Cruz, se for realmente para melhor! Não é mudando a aparência que a essência se tornará outra!
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…” e a vontade dos santacruzenses é serem governados por pessoas que estejam próximas da população, que sejam leais e sinceras nas suas ações políticas e que coloquem o “bem comum à frente do bem pessoal”. Esta é a verdadeira missão do Poder Local.

Paulo Alves

É urgente mudar de mentalidade!

“É do conhecimento geral que a política e os políticos são, na maioria das vezes, vistos com desconfiança e com certa indiferença. Esta reacção à classe política parece que se acentua quando se trata de eleições para as autarquias. Contudo, os “verdadeiros” políticos – porque ainda existem alguns -, podem dizer que não é bem assim! Mas, a verdade é que cada vez mais os partidos têm dificuldades em formar listas para as autárquicas. Porque será? Na minha perspectiva o problema reside na forma como se encara a vida política hoje em dia, senão vejamos:

1º- as pessoas não se sentem cativadas pela vida política e acham-na uma vida de submissão ao poder e aos caprichos daqueles que governam;

2º- não gostam de «dar a cara» porque estão em dívida para com o poder político, o que elimina à priori a vontade de fazer frente a quem está na liderança;

3º- a pressão (para não dizer intimidação) daqueles que acham que governam tudo e todos é de tal ordem, que as pessoas até sentem receio de represálias e, por isso, não dão a cara nem estão na disposição de colaborar com quem se candidata a um cargo político que não seja do partido que está no poder.

4º – Num meio em que quase todas as pessoas se conhecem, o receio sobre o que dirão os vizinhos ou outros conhecidos, sobre uma eventual candidatura que não seja do partido do poder, serve de pretexto para se afastar das listas concorrentes a determinadas eleições. E, muitas mais razões poderiam ser enumeradas, mas todas confluem para o mesmo porto: a política parece ser só para alguns!

É dito velho que «o poder corrompe!», no entanto, mais vergonhoso é o político que se deixa corromper pela política. Alguns políticos regem-se por uma ética política deficitária, roçando a obscuridade, o vergonhoso e o intolerante. Quem governa deveria ser obrigado a estudar um manual de “ética política” e ser “submetido” a alguns “exames de consciência”. A política é uma forma de serviço aos outros e não um meio de se servir dos outros!

O movimento de cidadãos Juntos pelo Povo apercebendo-se da necessidade urgente de mudar esta mentalidade face ao «ser político» apresenta uma nova forma de estar na política apostando: na transparência; na proximidade; nas promessas reais, necessárias e possíveis de cumprir (enquanto os partidos, ditos grandes, entram em promessas utópicas); na sabedoria, simplicidade e numa equipa coesa e dinâmica; num movimento que acredita que Santa Cruz poderá mudar se o POVO assim o entender e não tiver medo daqueles que «desgovernaram» o concelho nos últimos tempos.

Para romper com uma classe de políticos que se preocupa em olhar demasiado para o seu umbigo, que procura governar-se em vez de governar, basta pensar como nós e acreditar que a mudança é um imperativo ético.”

Paulo Alves

Inquietações acerca do PSD de Santa Cruz

Relativamente ao comunicado emitido pela Comissão Política Concelhia (PSD de Santa Cruz), no Jornal da Madeira no dia 30 de janeiro, seria conveniente alertar para:
1- São flagrantes e de” bradar aos céus”, as incoerências do PSD de Santa Cruz, pois são capazes de dizer o dito por não dito quando são confrontados com a verdade! Uma leitura atenta aos seus “textos ofegantes e excêntricos” facilmente se denota uma perceção de uma realidade que só existe na cabeça deste grupo – cada vez mais restrito e isolado – de pensadores.
2- Revelam um desrespeito pelo anseio do povo de Santa Cruz – em ter melhores condições de vida – e pelos verdadeiros valores democráticos, pois querem a todo o custo continuar a afundar, ainda mais, o Concelho.
3- As suas aspirações são reveladoras de um apetite surreal pelo poder e pelo domínio exacerbado de uns sobre os outros. Os seus objetivos são meramente eleitoralistas. Valoriza-se o ter em detrimento do ser!
4- O modo como o PSD tem governado a Câmara Municipal de Santa Cruz é prova suficiente para percebermos as suas intensões e opções político-governativas. Aconselha-se ao PSD governante que esclareça melhor os seus “amigos” sobre as suas verdadeiras e válidas propostas apresentadas para resolver as dificuldades do Município.
5- Ora, num regime democrático em que um partido político (PSD) foi eleito por vontade do povo – expressa através do voto – a responsabilidade pelas opções políticas é de quem está a governar.
6- Têm razão: “Santa Cruz merece melhor”!
7- Ainda bem que o PSD de Santa Cruz reconhece que entre os seus adversários políticos se encontram algumas pessoas com valor pessoal e político já demonstrado ao longo da sua vida atuante enquanto políticos e cidadãos!
8- O desejo dos Santacruzenses é que se pense mais no bem comum de toda a população de Santa Cruz e menos no bem-estar pessoal de um grupo restrito que parece não querer abdicar das suas mordomias.
9- Terminus: De modo algum, um grupo reduzido de pessoas que constitui uma Comissão Política Concelhia de um Partido, deve emitir um comunicado em nome da totalidade da população do Concelho, nomeadamente: “Em nome dos Santacruzenses”.

Paulo Alves